Paiva Nettos
Um dos atos mais comoventes e decisivos da História — o tempo provará — foi a Proclamação do Novo Mandamento de Jesus — “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35), feita por Alziro Zarur (1914-1979), em 7 de setembro de 1959, na cidade de Campinas/SP, Brasil, no antigo Hipódromo do Bonfim — (hoje, Praça Legião da Boa Vontade) —, que, na época, era o espaço público mais amplo que por lá existia, capaz de receber a multidão que fora ouvi-lo. Tão expressiva página é o fundamento celeste da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, pois preconiza o Amor do próprio Arquiteto do Universo, por intermédio do Seu Filho Jesus e da atuação permanente do Paráclito (ou Espírito da Verdade). E a origem de tudo isso é a Boa Vontade Divina.
A visão que a Sabedoria imanente do Mandamento Novo do Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, nos abre torna compreensível o incompreensível; suportável, o insuportável. Por esse motivo é que, no Tratado Universal sobre a Dor (1990), quando nos referimos à Lei do Cristo, ressaltamos que — se nela nos integrarmos — faremos com que o intolerável se torne tolerável e até a desesperança, esperançosa.
Zarur escolheu o Sete de Setembro de 1959 para explanar aos povos da Terra acerca da libertação espiritual de todos, porque concluíra que qualquer liberdade política, social e econômica é incompleta, ou mesmo falsa, se não for iluminada pela que do Alto desce sobre nós: “Conhecereis a Verdade [de Deus], e a Verdade [de Deus] vos libertará” (Evangelho, consoante João, 8:32).
A urgência de vivermos o “Amai-vos como Eu vos amei”, de Jesus, é resultado do exemplo pessoal Dele: doou a Sua própria vida, submeteu-se à crucificação, prova de que portava um recado novo que punha em xeque interesses danosos a certa parte da humanidade. Portanto, o Missionário Celeste havia se transformado em uma ameaça ao status quo vigente e, ipso facto, foi pregado à cruz do sacrifício. Depois ressuscitou e ascendeu aos Céus. Por conseguinte, o Cristo deu a maior demonstração de Amor Fraterno. (...) Jesus é um Libertador, jamais um prisioneiro. Sobrepaira a tudo. A Sua identidade com Deus é tamanha que se tornou — para a sobrevivência da espécie humana — o Revelador da primacial causa da penúria de Alma que ainda sofremos, tendo em vista a falta de nos amarmos uns aos outros da mesma forma com que Ele nos amou e ama. Aí vem a decisão para a boa trajetória civilizante que o Sublime Educador nos aponta no versículo 35 do capítulo 13 do Evangelho, consoante João: “Somente assim, se vos amardes uns aos outros como Eu vos tenho amado, podereis ser reconhecidos como meus discípulos”.
Eis a Política de Deus, a Política para o Espírito Eterno do ser humano.
É o recado que vem de Campinas/SP – cidade-sede da Proclamação do Novo Mandamento de Jesus, feita por Zarur –, desde o Sete de Setembro de 1959, e que não foi abafado nem extinto, porque é aquele que traz o tônus da Eternidade, porquanto essa Ordem Suprema antes de ser de Jesus é de Deus, nosso Pai-Mãe.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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